Às vezes olho pela janela do meu quarto. A vista que dá para a rua nunca mostra novidades; são sempre as mesmas pessoas, os mesmos carros, os mesmos ares. Dirijo minha atenção, então, às estrelas, mas não se engane, não sou daquelas pessoas que decoram constelações inteiras, não. Apenas fico ali, meio que, pensando em nada, apenas ali. Sabe, é como estar com quem você ama e não dizer nada, simplesmente trocar olhares apaixonados e verdadeiros. Sei que aquele silêncio que recebo é de palavras que me confortam, que me abriga, pois as estrelas não podem mudar o que pensam, já passaram suas mensagens a tempos, não podem voltar atrás. Estrelas são conselheiras, quando não aparecem clamo por elas e, de tanto me oferecerem seu brilho para não me ver chorar mais, apagam, mas somem felizes, pois completaram suas missões.
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Tenta adivinhar o que acontece com você quando pego meu violão? Desculpa por não pensar em seus interesses, mas, simplesmente, você para com o que está fazendo e se “teletransporta” diretamente para minha mente.
Temo tanto o que você pensa sobre mim que meu corpo treme estando tão próximo ao seu. Isso é tão estranho ao pensar que somos tão semelhantes, mas, pensando bem, deve ser isso que me deixa tão encantada.
Já notou que ninguém entende nossas brincadeiras “de cara”? Sempre temos que nos explicar, ou não né? Até porque não são todas as nossas “gracinhas” (ou indiretas?) que queremos que entendam!
Sabe, já te magoei tantas vezes e, confessando algo aqui falo a você, o meu medo era ter reciprocidade nesses momentos.
Prometa que o meu convite vai estar sempre “de pé”, se é que você me entende!
Pensar em você é um passatempo que adoro praticar. Esteja sempre comigo, pois me acostumei a ser dependente de você.
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Nesse momento só quero uma sensação! Eu quero mais é ser livre, jogar tudo para o ar e não ter perigo de acertar ninguém! Quero fazer as minhas regras e não querer segui-las.
Vou chamar-te de meu e você não terá direito algum de me chamar de sua!
Quando me ver presa em seus braços vou querer transformar-me em areia para escapar entre seus dedos.
Quero uma vida acompanhada somente por um violão e uma garrafa de vinho.
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Sabe no que andei pensando? Em como seria nosso primeiro fim de semana juntos. Você me convidaria para almoçar no sábado, sem quaisquer intenções adversas, e eu, ah eu, teria alguma desconfiança para não aceitar? Não mesmo!
De conversas engraçadas seguidas por olhares que acarretavam silêncios constrangedores, as feições vistas em nossas expressões por externos, o arrepio de nossos pêlos ao sentir a proximidade do ser amado e a mão transpirando deixava claro que, naquele momento, a flecha do cupido estava a ser lançada!
Um pedido foi feito a mim naquela tarde: deixa-me ser a tua única companhia para todo sempre? Sim, você sabia que sim e sabia também que, naquele exato instante, tinha ganhado, em embrulho perfeito, o meu coração!
Alugamos um chalé defronte a praia, esperando pelo pôr-do-sol você fazia uso de comparações, confrontava os meus traços com o que havia de mais perfeito em vista, meus olhos brilhavam feito os seus.
Mais tarde, parecíamos crianças correndo na areia e num ato de desequilíbrio viemos ao chão. Caímos um ao lado do outro em constante gargalhada e, assim como em nosso almoço, olhares nos pausaram, mas, dessa vez, fui recompensada por teu beijo. Naquele instante o tempo já não importava mais, era um daqueles momentos que até o óbito era bem recebido, pois eu morreria completa!
Diz-me por que isso tudo não passou de projetos da minha cabeça? Por que teve fim? Não faz assim, volta, eu ainda te quero tanto!
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Não se culpe e nem perca o sono se um dia eu enjoar de você e pedir um tempo. Eu culpo a mim, mas indiretamente, já que não tive escolhas relacionada à minha personalidade desapegada. Minha angustia é maior que o seu sentimento de perda, ao menos o que sente é passageiro... Ponha-se em meu lugar! Já imaginou o quanto tento “enficar” em minha mente que deveria dar algum valor a quem quer o meu melhor?
Olho-me no reflexo negro que se estende ao longo da parede branca, confesso que sinto meu interior obscuro como tal, percebo que jamais aprenderei com meus erros e que te deixar só foi mais um engano do confuso que carrego comigo.
Quanto mais corro e tento fugir mais meu olhar vai de encontro ao seu, quero total desvio, mas a minha alma impiedosa pede por teu corpo desamparado. Alegre-se, pois quem sabe assim, se você ainda quiser, envolverei o meu corpo no teu em mais eterno abraço.
Não me julgue como contraditória, pois isso é apenas consequência do meu pranto contínuo, você!
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