Iguais!

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Sempre queremos ser diferentes em tudo. Não há problema nisso. De certa forma, evoluímos assim. Querer ir contra a sociedade, achando que assim nos tornamos superiores, sempre foi à fuga de muitos jovens. Tentamos saber de tudo, ter respostas para tudo, “cara” para tudo, mas somos fracos, somos sensíveis, somos ridículos ao ponto de não aceitarmos sermos iguais aos outros. Ao final somos todos auto-suficientes, prepotentes!
Na verdade somos apenas exagerados, adoramos amores inventados, nos jogamos aos pés de quem seja. Largamos tudo por esse alguém, fazemos até as coisas mais banais, porque, simplesmente, somos românticos anônimos e naquele instante fazemos tudo ou nunca mais!

Melodias

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Gritaram lá da sala, mas tudo bem: - Hey, eu já entendi! Ah, era só mais uma das reclamações de mãe. O problema é que ela me repreendia por um assunto do qual, na verdade, era outro. O que ela achava ser era relevante e comum. Ela me chamava atenção apenas pelo som bastante alto, mas aquilo não era o que parecia ser!
O meu “hobbie” titular nunca foi apreciar sons melódicos, o que me trazia ali era o que eu sentia.
O meu desespero era de como conviver com a culpa de tirar a memória de algo.
Ela não sabia, mas eu estava a cometer um crime em meu quarto. Coloquei exércitos um contra o outro. Lutavam entre si: som e silêncio. Minhas respostas e eu. Aquele desconcerto partia apenas de mim.
Em um momento, encostei-me contra a parede e, em um gesto grotesco, fui tentar calar-me enforcando minhas respostas com música!